15 de ago. de 2012

Saudade da vergonha das primeiras ligações.
Saudade de quando você me ligava pra dizer como estava o trânsito.
De quando você me ligava só pra darmos longas risadas...
E de me enrolar toda nos fones do celular, dentro de um ônibus lotado, só pra não perder a sua ligação...

Saudade de dizer “...tudo vai ficar bem...”
Saudade de você me ensinando, via web cam, a dedilhar no violão...
Ou de escolher o caminho errado e ficar presos no engarrafamento por horas.

Saudade de fazer duetos...
E ser chamada de “menina mulher, da pele preta, olhos azuis, e sorriso branco...”.

Saudade de mentir pra você, com você e por você...
E nunca me compartilhar.
Todos os silêncios necessários fazem falta...
Saudade de entender a piada antes de você contar...
De procurar desenhos nas nuvens, da varanda da sua casa!
De entender as suas aflições e por isso tentar te proteger...
Saudade de estar num dia ruim e receber sua visita feliz...
Saudade de sentir falta dos meus pais e ser acolhida pela sua família...

Saudade de ser lembrada numa introdução:

“O que há dentro do meu coração, eu tenho guardado pra te dar...”

E receber um telefonema me avisando disso.
Que droga sonhar com você e não poder te contar como foi...
Saudade de ir ao bar e pedir dois sucos.

Saudade de limpar a mão suja de manga na sua calça...
Saudade de falar mal das pessoas e ter um parceiro pra isso...
Saudade de rir ao mesmo tempo e da mesma coisa em lugares diferentes.

Saudade das brincadeiras que me lembravam a infância que perdi tão rápido...
Saudade de nunca ter te exigido nada em troca...

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