22 de mar. de 2010

    "Me perdoe pelos meus mil anos à frente dos nossos segundos e pela saudade melancólica que eu senti o tempo todo mesmo sendo nossos primeiros momentos juntos. Pelo retesamento na hora de entregar. Pela maneira como eu grito e culpo quem tiver perto por uma angustia que sempre foi e será só minha, e que eu sempre suporto, mas quando sinto amor fico achando que posso distribuí-la um pouco, mesmo sabendo que é fatal. Me desculpe por eu ter querido tanto ficar bonita e só ter conseguido olheiras. Me perdoe pelas vezes que de tanto querer leveza acabei pesando a mão. De tanto querer sentir, pensei sobre como estava sentindo, e perdi o sentimento. Ou senti sem pensar...
    Se você pudesse me ver agora, você me diria tantas coisas horríveis de novo? 
    Você vai embora e eu vou voltar para as minhas manhãs que eu odeio. Vou voltar para aqueles e-mails chatos de pessoas que eu não gosto mas que pagam minha vida [sem você]. E ficar me perguntando de novo para quem mesmo eu tenho que ser porque só tem graça ser para alguém.
    E que se foda o amor próprio!
    Você me disse e me olhou de formas terríveis mas o que sobrou colado em cada parte de mim é a maneira como você sorri [levantando que nem criança o lábio superior direito] e como eu ainda gosto de você [por isso e por tudo] mesmo quando é ruim, sempre quando é incrível, e ainda, e muito e por um bom tempo..."

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